Dificuldade para dormir: como lidar com a insônia

Dificuldade para dormir: como lidar com a insônia

As preocupações do dia a dia, as situações de estresse, os problemas – financeiros, familiares, pessoais ou no trabalho, entre outros – são motivos capazes de, literalmente, tirar o sono de qualquer um. Eles ocupam os pensamentos até mesmo no momento de descanso das pessoas, impedindo, muitas vezes, que consigam a tranqüilidade e o relaxamento necessários para dormir bem.

Esses fatores podem, com frequência, estar associados à insônia, transtorno ligado à qualidade de sono, e à dificuldade para se iniciar ou mantê-lo, caracterizado por frequentes despertares ou problemas em retornar a dormir após o despertar, além de despertar precoce ou, ainda, um sono não-reparador com prejuízo na atividade social ou profissional. A dificuldade de dormir ocorre pelo menos em três noites da semana e há pelo menos três meses.

A insônia é uma condição que afeta o individuo – principalmente quando ligada a fatores emocionais e psicológicos – durante determinados períodos da vida, de forma pontual. Porém, em alguns casos sua ocorrência pode estar relacionada a condições clínicas como transtornos mentais (psíquicos e neurológicos), medicamentos, drogas, álcool, distúrbios respiratórios (apneias, roncos, resistência de vias aérea superior), a síndrome das pernas inquietas, distúrbios hormonais, higiene do sono inadequada, entre outros.

Para o adequado diagnóstico do transtorno de insônia e suas comorbidades utiliza-se a avaliação clínica, feita através da anamnese, e exames físicos. Existem outros exames que auxiliam no diagnóstico diferencial das causas desta doença. O diário de sono é muito útil para identificar o padrão matutino ou vespertino do paciente. O exame da actigrafia ajuda a perceber como é o sono da pessoa e a polissonografia de noite inteira permite avaliar a presença de distúrbios ventilatórios, movimento periódico das pernas, comportamentos violentos durante o sono e descartar a percepção inadequada da insônia ou paradoxal (quando o paciente acha que está dormindo pouco mas, na realidade, apresenta sono efetivo).

A quantidade ideal de horas de sono varia entre seis e oito, segundo estudos recentes, porém há pessoas que apresentam sono reparador com quantidade menor de tempo (são os denominados dormidores curtos). A privação do sono pode ter implicações negativas na saúde, como distúrbios de memória e de concentração, ansiedade, depressão, irritabilidade, baixo rendimento profissional, prejuízo do convívio social e aumento de risco de acidentes de trabalho ou com veículos.

É importante que, ao apresentar esses sintomas de insônia de forma continuada, a pessoa procure um especialista para o correto diagnóstico e tratamento. Existem diversas alternativas para corrigir esse distúrbio, permitindo que se recupere a qualidade do sono. O paciente insone deve ser avaliado como um todo, e não simplesmente ser tratado de forma sintomática com medicamentos. Sabe-se, hoje, que a melhor conduta efetiva no tratamento da insônia é a TCC (terapia cognitiva comportamental), mais eficaz do que o uso dos famosos benzodiazepínicos (Clonazepan, Lorazepam, Flunitrazepam, entre outros). A boa higiene do sono (manter um ambiente escuro e silencioso para o repouso, evitar atividades físicas 3 horas antes de dormir, bem como a ingestão de bebida alcoólica, cafeína e grandes refeições) também é muito importante para garantir um sono reparador.

Especializada em medicina do sono, a Clínica Dr. Alexandre Pressi atende na rua 13 de Maio, 581 – Salas 114, 115, em Bento Gonçalves. A clínica atende pacientes particulares também conveniados com Tacchimed, Unimed e diversos sindicatos. O agendamento de consultas pode ser feito pelo fone (54) 3055-3050. Mais informações pelo site www.alexandrepressi.com.br