Sono é responsável por 42% dos acidentes de trânsito

Sono é responsável por 42% dos acidentes de trânsito

Estatísticas também indicam que 18% das ocorrências são causadas por fadiga do motorista

Dormir pouco ou mal não é apenas um problema individual, que afeta o humor ou a produtividade da pessoa. Essa condição reflete-se negativamente também no convívio coletivo, comprometendo, inclusive, as questões de segura para a sociedade. No Brasil, 42% dos acidentes de trânsito são causados por causa do sono. Os dados são indicados pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet). Os números também mostram que a fadiga é responsável por 18% das ocorrências.

A explicação é simples: o cérebro precisa estar descansado para reagir adequadamente aos estímulos. Quando o repouso não é suficiente, o corpo sofre as consequências. O comprometimento da concentração é um dos efeitos mais comuns de noites mal dormidas. Isso aumenta, por exemplo, o tempo de reação do motorista diante de uma situação inesperada. Em seguida aparece a incidência de ‘cochilos’ em períodos em que a pessoa deveria estar desperta – ou seja, aquele trecho da estrada com uma reta prolongada ou o silêncio de uma via pouco movimentada à noite transformam-se em inimigos em potencial para que uma pessoa cansada permaneça acordada. “Estar com olhos abertos nem sempre significa estar alerta e, no trânsito, qualquer desatenção pode ter consequências fatais. Por isso somos sempre categóricos em afirmar que dormir bem é sinal de saúde”, diz o médico especialista em medicina do sono, Alexandre Pressi, de Bento Gonçalves.

Outras implicações negativas na saúde são as interferências na memória, ansiedade, depressão, irritabilidade, baixo rendimento profissional e prejuízo do convívio social, situações que direta ou indiretamente interferem na postura do condutor. “O sono é uma necessidade básica do nosso organismo, tão importante quanto alimentação ou hidratação; o seu não suprimento pode atrapalhar consideravelmente o desempenho do ser humano”, diz.

Por que as pessoas dormem mal

Uma noite mal dormida por ter várias causas pontuais: barulho excessivo, variações de temperatura ou iluminação inadequadas. Outras vezes a qualidade do descanso sofre interferência de distúrbios clínicos, que precisam ser diagnosticados e tratados por um especialista. Entre os mais comuns está a apneia, situações em que a pessoa fica mais de dez segundos sem respirar durante o sono. Esses episódios podem ocorrer com uma frequência tão grande que causam inúmeros ‘microdespertares’ no paciente. Muitas vezes essa situação não é conscientemente percebida, mas faz com que o cérebro saia daquele estágio profundo e relaxante do sono, para outro mais superficial e menos reparador.

Um dos exames que identifica irregularidades no sono é a polissonografia. Por meio dele, o médico pode identificar variáveis eletrofisiológicas, como a atividade elétrica cerebral, movimento dos olhos, atividade dos músculos, frequência cardíaca, fluxo e esforço respiratório, oxigenação do sangue, ronco e posição corpórea. Com base nos resultados, indica ao paciente o tratamento necessário mais adequado. É possível realizá-lo em casa (quando o paciente leva consigo um pequeno aparelho e dorme conectado a ele, registrando o número de apneias, de roncos, as alterações na frequência cardíaca e nas saturações de oxigênio) ou em clínicas especializadas.

Esse e outros exames são oferecidos pela Clínica Dr. Alexandre Pressi, especializada no diagnóstico e tratamento de doenças respiratórias e em medicina do sono. Com a credibilidade de quem atua no segmento há mais de 20 anos, é referência na área médica pelos serviços de consultas e exames disponibilizados para crianças, adultos e idosos.

Cinco sinais de alerta para os casos de apneia do sono:

– Ronco noturno.

– Sonolência exagerada durante o dia.

– Cochilos frequentes em situações cotidianas.

– Obesidade (quando a pessoa tem índice de massa corporal acima de 30).

– Biotipo com circunferência aumentada do pescoço (até 38cm para as mulheres e 42 no caso dos homens)

Sobre o dr. Alexandre Pressi

Médico formado em 1994 pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em Porto Alegre- (RS), Alexandre Pressi especializou-se em pneumologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia em 1999, e também acumula o título de especialista em endoscopia respiratória (fibrobroncoscopista), pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Endoscopia Peroral. Em janeiro de 2015 recebeu a certificação de Especialista em Sono, conferida pelo Conselho Federal de Medicina, após cursar mais de 800 horas em busca dessa formação diferenciada.

Assista à matéria veiculada no Jornal do Almoço, com entrevista ao Dr. Alexandre Pressi

Assista à matéria veiculada no Bom dia Rio Grande, com entrevista ao Dr. Alexandre Pressi

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